Sim! É possível a partir do momento que cada obra aplicar
seus recursos de acordo com as necessidades de cada atividade. Um recurso bem planejado
possui alguns objetivos principais como redução de mão de obra, tempo de
execução e custo da obra. Existe ainda muitas obras que não sabe a real função de cada equipamento.
Apesar do progresso vivido nos últimos anos, o setor da
construção civil ainda é um dos setores com índices de desperdícios
consideráveis, e esses assumem formas variadas, com origem nas diversas etapas
do processo da construção o que demanda planejamento sistemático de todos os
processos e recursos de uma obra.
Entretanto, dispor de elementos que garantam a qualidade
no gerenciamento da obra não é suficiente para garantir a qualidade na execução
da obra. Isto somente é possível caso se considere também a qualidade no
recebimento de materiais e equipamentos e a qualidade na execução dos serviços
de cada etapa da obra. (SOUZA, 1995).
Existem diversos equipamentos usados nos canteiros de
obras, uns de uso obrigatório e outros que são adquiridos sob análise da
viabilidade de suas operações nas obras, levando em consideração a adequação de
suas especificações, com as atividades em que serão empregados.
As perdas relativas aos equipamentos de transporte são
grandes, levando em consideração problemas com o uso excessivo ou inadequado,
provenientes de uma má programação das atividades como, por exemplo: tempo
excessivo despendido em transporte, quebras devido manuseio inadequado ou ao
uso de equipamentos inadequados para realização de determinadas tarefas.
A otimização do uso dos equipamentos inerentes à
construção civil, deve estar inserida na política de redução de custo da obra.
A falta de equipamentos adequados à determinada tarefa, bem como a aquisição
desnecessária de equipamentos em determinados momentos, tem exigido uma maior
atenção dos gestores de obra, para implementação de planos de planejamento e
gerência, no sentido de criar critérios de aquisição, bem como logísticas
adequadas de instalação e uso dessas máquinas nos canteiros.
A construção civil não tem vida própria sem o uso dos
diversos equipamentos inerentes ao setor, e essa diversidade que engloba máquinas
como ferramentas, vai desde pequenos protetores auriculares, a grandiosas
máquinas pesadas.
Construtoras apostam no avanço da tecnologia e
disponibilizam nos canteiros
um número maior de máquinas a cada dia, muitas vezes para
substituir a mão-deobra
especializada e para alcançar a produtividade almejada.
Para isso, as empresas estabelecem um criterioso cronograma de obra, de forma a
obter uma boa redução de custos na hora de locar esses equipamentos. (TATEOKA,
2004)
Segundo Alves (2008), apesar de o mercado não ter dados
com o perfil da demanda e oferta de máquinas e equipamentos na construção
civil, as dificuldades que construtoras e incorporadoras estão encontrando
revelam que já há escassez na área.
Um dos dados mais contundentes diz respeito à
distribuição geográfica das empresas de locação: 80% das locadoras estão nas
regiões Sul e Sudeste do País, enquanto Centro-Oeste, Norte e Nordeste dividem
os outros 20%. Só São Paulo concentra 48% do total de empresas. Os Estados do
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo somam 22%. A região Sul abriga
10% das locadoras; Centro-Oeste, 9% e Norte e Nordeste, juntas, 11%.
Esse dado mostra a grande fragilidade que se tem quando
se toca uma obra no Centro-Oeste ou no Norte e Nordeste. Não há a possibilidade
de locar equipamento e, quando há, o preço inviabiliza porque a oferta é
pequena.
Para minimizar os efeitos desta situação, as empresas
precisam otimizar o uso dos equipamentos no canteiro através da aquisição de
equipamentos que se adéquem de forma mais otimizada possível, evitando
desperdícios desnecessários . Analisar qual a real necessidade do equipamento
que a construtora precisa é um fator determinante com relação aos custos, pois
alguns equipamentos podem dispor do mesmo serviço, porém, com preço mais acessível
ou com mais agilidade.
A consideração de alguns fatores como: viabilidade técnica
e econômica; treinamento operacional; o tipo e o espaço físico da obra; o
cronograma; o processo executivo; a segurança; a capacidade e o espaço para
locomoção, são determinantes para otimização dos resultados que se espera do
equipamento nas diversas atividades realizadas em um determinado canteiro de
obra.
Os diferentes métodos de transporte possíveis de serem
utilizados em uma obra devem ser avaliados com base em critérios
técnico-econômicos e quanto à sua adequação ao uso previsto. É razoável que se
faça uma pré-seleção de métodos, para que apenas aqueles mais adequados sejam
pesquisados de forma aprofundada. Os seguintes critérios devem ser atendidos
obrigatoriamente:
·
Possibilidade de obtenção dos meios de produção
e equipamentos necessários para a utilização do método na obra;
·
Existência de espaço físico suficiente para a
utilização do método;
·
Possibilidade de alcance de todas as distâncias
e direções de transporte, que são condicionados pela forma do edifício, através
da combinação de métodos.
A IMPORTÂNCIA DO
ESTUDO LOGÍSTICO DO EQUIPAMENTO.
Em qualquer tipo de obra é preciso fazer a relação entre
mão-de-obra e o tipo de mecanização mais adequada, em obras de grande porte a
mecanização tem um peso maior, mas em obras de edificações com cronograma
apertado e com transporte vertical, a mecanização pode ser usada em paralelo
com uma demanda maior de mão-de-obra operacional, nesse tipo de obra e preciso
ter um planejamento logístico do canteiro, prever a capacidade técnica do
operador e o espaço disponível para a locação ou locomoção dos equipamentos de
grande porte, como por exemplo os guindastes de torre ou gruas, os elevadores a
cabo ou os elevadores de cremalheira.
Segundo (Gehbauer, 2002), um bom planejamento deve visar
à maior eficiência possível dos transportes do canteiro e, para isso, devem ser
considerados os seguintes aspectos:
·
A montagem dos equipamentos de transporte;
·
A disposição ideal para o depósito de materiais;
·
O fluxo de materiais, tanto quanto possível sem
desvios, evitando depósitos intermediários.
Diferentes estratégias vêm sendo implementadas na busca
de maior eficiência na atividade de produção de empreendimentos. Dentre essas
estratégias podemos citar a racionalização, que é vista como um elemento de
vital importância em todos os processos da construção civil (FRANCO, 1996).
Os resultados que a racionalização pode trazer em uma
obra são vários, e podem contribuir de maneira direta e indireta em todos os
processos ao longo do ciclo de vida de uma obra. Nesse contexto, define-se
racionalização como o estudo desse sistema de produção formado com base na
realidade e tendo como meta a definição de melhorias. Os próprios processos de
planejamento, administração, execução do trabalho e manutenção de edificações
escondem algumas oportunidades de racionalização. (GEHBAUER, 2004).
Segundo Silva (2009), para a execução de um projeto, são
necessários recursos financeiros, recursos humanos, onde deve ser criado um
planejamento e gerenciamento da mão-de-obra e recursos de maquinários e
equipamentos, onde também deve ser criado um plano de planejamento e
gerenciamento.
Muitas obras não possuem esse plano de planejamento e
gerenciamento de maquinários e equipamentos, ou seja, não possuem um cronograma
de equipamentos incorporado ao projeto e que esteja utilizado constantemente
com o cronograma físico da obra, isso porque o processo de execução dos
serviços é dinâmico, inter-relacionado, interagente e independente.
Para a criação do cronograma de equipamentos, o
cronograma físico da obra deve estar definido, assim como o método e o processo
de execução e o pessoal de operação. São levantadas todas as atividades que
irão mobilizar equipamentos e o tempo em que cada tipo de equipamentos será
utilizado, tudo em função do cronograma físico da obra.
A mecanização tem grande importância financeira na obra
por conta da redução de mão-de-obra, desperdício de materiais e prazo de
conclusão. As vantagens dessa mecanização aumenta o investimento e a
viabilidade dos equipamentos forem previamente planejados, facilitando a
organização dos processos produtivos e o aumento da qualidade dos serviços.
Essa mecanização do canteiro reduz custos indiretamente, mas o custo direto de
mecanização deve ser calculado de forma que se enquadre dentro da margem de custo
do serviço e dentro do valor global da obra. É preciso saber quais equipamentos
e onde devem ser empregados, para que se tenha uma economia de recursos.
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