quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

FUNÇÃO DO OPERADOR LOGÍSTICO NO CANTEIRO DE OBRA.

 Hoje as construtoras de médio e grande porte estão num estágio bastante avançado em relação o papel da logística no canteiro de obra, especialmente nas cidades maiores, onde a fiscalização é eficaz. A qualidade do canteiro de obra sem dúvida teve uma evolução muito grande nos últimos 15 anos. Estas construtoras de médio e grande porte realmente têm canteiros muito bem organizados, com equipamentos industrializados, com contêineres que são aproveitados de uma hora para outra. Elas têm uma preocupação com todos os equipamentos de segurança e de armazenagem de materiais.
 
 O papel do operador Logístico hoje é acompanhar toda dinâmica da logística externa e interna da obra, garantir a gestão dos equipamentos de pequeno e grande porte, garantir o abastecimento da produção, garantir um acesso seguro para os funcionários e equipamentos, acabar com conflitos entre mestres e encarregados com relação a disputa por equipamentos, identificar o melhor momento para realizar operações de movimentação, recebimento e armazenagem durante a obra, planejar antecipadamente as futuras modificações na obra como por exemplo uma mudança de área de vivencia, um novo acesso, garantir que os pedidos foram recebidos pelo almoxarife e foram distribuídos na quantidade correta.  Para garantir o  sucesso de uma obra dizer em termos financeiros é difícil, pois tem dezenas de fatores que influenciam. Mas o profissional de logística tem uma influência fundamental para combater perdas de materiais e especialmente para melhorar as condições de trabalho. Um canteiro bem planejado vai permitir que os materiais sejam transportados nas distâncias menores possíveis e em condições que preservam a integridade física deles. Os funcionários vão estar menos expostos a riscos, já que não estarão circulando em um canteiro desorganizado, com materiais que possam despencar sobre eles ou ser pisoteados. Mas, basicamente, o planejamento logístico do operador tem impacto na redução da perda de materiais e uma melhoria na prevenção a acidentes de trabalho.

  O operador logístico tem que entender a logística de compra e suprimentos, o que foi tratado e as condições que o fornecedor prometeu em contrato.Pois as entregas de materiais no canteiro têm sempre que estar alinhada no planejamento para que o produto não influencie nos acessos da obra ou seja estocado de forma incorreta, outro problema muito visivel em obras e a logística reversa de paletes, é um problema quando não se tem uma  ação direta do
almoxarife, que muitas vezes não conhece o que foi tratado nas reuniões com o fornecedor, em muitos casos o fornecedor envia paletes quebrados e ainda manda a conta no final. Por exemplo, cimento exige que exista uma área coberta para estocagem, um piso nivelado, um estrado para colocar o produto. Já o uso de PVC exige um armário específico para colocação, já que são materiais de grande dimensão. Especialmente materiais de grande porte exigem esta integração maior com o setor logístico, pois são materiais que vão ocupar bastante espaço no canteiro.  


 

Não somente o planejamento, quanto a logística de suprimentos, temos um outro fator que influencia o sucesso da obra e que em muitos canteiros não são observados, como por exemplo.
Saber definir em reuniões de kick-off o inicio meio e fim de uma contratação de um empreiteiro, essa definição é fundamental, pois garante ao empreiteiro e o cliente as obrigações e deveres de cada um, principalmente quando o assunto e Resíduos. Muitas empreiteiras já entra na obra sabendo que todos os custos de geração de resíduos é totalmente do contratante, isso mesmo de quem os contratou, por mais que as empreiteiras assumem a responsabilidade durante o fechamento de contrato, sabemos que no final quem paga a conta é sempre da construtora.Uma gestão eficiente dos engenheiros é primordial nesse momento.


O operador logístico é responsável pelo aspecto visual no externo da obra, garantindo que os processos de sinalização e bloqueios de vias não traga transtornos aos moradores locais e garanta que os acessos da obra estejam sempre desobstruídos, organizados e limpo. Quando a obra se encontra em bairros residenciais e com grande volumes de pessoas, por segurança deve ter um sinaleiro para orientar a entrada e saída dos caminhões na obra, placas, sinalizações e projetos viários são sempre bem vistos pelos órgãos fiscalizadores.
A empresa Responsável pela obra deve garantir no inicio da execução dos serviços todo isolamento, pois a circulação nas ruas não deve sofrer qualquer impacto pela presença de uma obra na região.
A calçada é de direito do cidadão 24 horas por dia, 7 dias por semana, por isso deve permanecer limpa e desimpedida permanentemente. Desta forma os operadores logísticos  condenada qualquer descarga feita nas calçadas e ruas adjacentes. Para tanto é necessário um estudo antecipado das condições e acessos da obra, antes mesmo do inicio das escavações,  garantindo que os caminhões permaneçam no interior da obra.
Em muitos casos é necessário uma autorização do agente de transito para circular equipamentos de grande e pequeno porte em via publicas.
 

Na Construção Civil fica claro que a logística está exposta a uma variedade de riscos que são inerentes para cada operação. Esses riscos estão diretamente relacionados a ações eventuais que podem estar localizadas dentro ou fora da obra. A análise dos riscos na logística tem por finalidade identificar suas fontes e seus atores e o impacto e o grau de ruptura que pode causar na operação.



O gerenciamento dos riscos logísticos tem por finalidade estabelecer uma estratégia destinada a mitigar o risco e permitir o contingenciamento das operações, identificando o potencial de impacto que poderá causar ao sistema como um todo. Movimentações e descargas de alto valor precisam ser planejadas, estudada e muito bem acompanhadas e o caso das descargas e movimentações de escadas rolantes em obras, peças pré Moldadas, estruturas metálicas,geradores, Guindastes etc...

Quando não existe a função do operador logístico na obra, a atividade de gerencia os equipamentos fica para o mestre de obra, que tem como objetivo realizar a fiscalização e supervisão da obra desde o início até a sua conclusão, ele deve conhecer todas as etapas da construção, os materiais utilizados e as funções de cada trabalhador na empreitada .
Gerenciar equipamentos em campo, esse é um dos principais causadores de conflito interno ao canteiro de obras quando existe mas de um mestre, muitas vezes acontece de atividades se coincidirem na mesma utilização do equipamento, e para descobrir qual atividade é a mais importante, só subindo os níveis para os engenheiros responsáveis.
Gerenciar esse tipo de conflito é muito fácil para o operador logístico pois ele sabe exatamente, quando inicia e termina as atividades de cada frente de trabalho, mapeando o fluxo do equipamento diariamente, o operador descobre no dia a dia quando o equipamento é eficaz ou não, quando é necessário aumentar a quantidade ou diminui-la.



Alexandre da Silva
Especialista Logístico de obras.









quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

FUNÇÃO ALMOXARIFE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

FASES DA LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

Logística e seus conceitos:

Quando falamos de logística de canteiro, o que vem em primeiro plano é o planejamento físico das áreas de vivencia, e definição de cremalheiras e gruas etc. Posso salientar que na  visão de um especialista ,a logística vai muito além do arranjo físico.


A gestão logística deve começar na concepção do projeto, avaliando os acessos, disponibilidade dos equipamentos, limitações determinadas na área de desenvolvimento da obra, relacionadas a suprimentos, transporte, segurança, comunicação, e os limites de orçamento. A segunda fase consiste em definir acessos, equipamentos e áreas de produção e vivência para garantir que trabalhadores e equipamentos não dividam acessos, além de garantir que os pontos de descarregamento de materiais estejam posicionados pensando em aperfeiçoar o transporte horizontal e vertical,  e que as atividades de produção não sejam interrompidas por gargalos logísticos. Nessa etapa, decisões como implantação de central de concreto, posto de abastecimento, unidade de britagem e central de esquadria devem ser planejadas.


Considero que a Logística não deve ser vista exatamente como uma etapa do processo de produção de um empreendimento ou uma função administrativa de uma empresa construtora. Na verdade, ela mobiliza uma pluralidade de funções administrativas dentro da empresa (comercial, projeto, suprimentos, produção, etc.). Esta mesma publicação divide a Logística em varias atividades particulares e complementares, relacionadas com a preparação do canteiro e com a execução dos trabalhos em si: definição da gestão das especificações técnicas; elaboração do planejamento e programação da produção; previsão dos suprimentos necessários; planejamento e programação detalhada da produção; controle do avanço, conformidade e atualização do planejamento; gestão dos estoques e das entregas.

Conceitua-se aqui a Logística na construção civil sendo um processo multidisciplinar aplicado a uma determinada obra que visa garantir, o abastecimento, a armazenagem, o processamento, e a disponibilização dos recursos materiais nas frentes de trabalho, bem como o dimensionamento das equipes de produção e a gestão dos fluxos físicos de produção. Tal processo se dá através de atividades de planejamento, organização, direção e controle, tendo como principal suporte o fluxo de informações, sendo que essas atividades podem se passar tanto antes do inicio da execução em si, quanto ao longo dela.

Logística de Layout planejamento:


Logística de layout de canteiro é gestão dos fluxos físicos ligados à execução (planejamento detalhado dos fluxos de execução dos serviços e dos mecanismos de controle destes, a gestão da interface entre agentes que interagem no processo de produção de uma edificação, (informações necessárias para que estes exerçam suas atividades dentro de padrões pré-estabelecidos; resolução de interferências entre os serviços); gestão física da praça de trabalho (implantação do canteiro, movimentação interna, zonas de estocagem, zonas de pré-fabricação, atendimento aos requisitos de segurança).

Entretanto, o planejamento do canteiro, em particular, tem sido um dos aspectos mais negligenciados na indústria da construção, sendo que as decisões são tomadas à proporção que os problemas surgem no decorrer da execução. Em consequência, os canteiros de obras muitas vezes deixam a desejar em termos de organização e segurança, tornando-se visível a necessidade dos empreendedores do ramo da construção civil, em comprometerem-se com a melhoria contínua dos processos construtivos e com ações gerenciais que refletem claramente nos canteiros de obras.

 As normas regulamentadoras NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) e NR-12284 (Áreas de Vivência em Canteiros de Obras), conceituam  espectivamente canteiro de obra como a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra, e canteiro de obra como um conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas de vivência.

Não basta apenas planejar o layout e as instalações provisórias no início do empreendimento. É preciso rever o planejado várias vezes ao longo da obra, de forma a considerar as mudanças necessárias às várias etapas. 


Logística de movimentação:


A Logística de movimentação trata da gestão dos fluxos físicos materiais equipamentos e pessoas dentro do canteiro de obras. É o planejamento de como cada frente de produção será abastecida com os recursos necessários para cada atividade.

A logística no canteiro de obras ainda é tratada apenas como operação de movimentação, e os gestores desconhecem a importância do fluxo de informação nesse processo. Esse é o grande gargalo logístico nos canteiros. Os controles são ineficazes porque as informações não circulam e os estudos são pouco consistentes, continuamos restritos às sobras dos equipamentos e ferramentas desenvolvidas para a indústria, tendo que fazer adaptações para atender às necessidades dos canteiros. Também é possível verificar que os fornecedores e a indústria não estão atentos para as necessidades dos canteiros de obras. Paletes com variação de padrão e cargas elevadas dificultam ou impossibilitam a movimentação das cargas unitizada, exigindo mão de obra para desmontar e remontar paletes e garantir a movimentação dos materiais.

Buscar soluções de equipamentos e planejar cada entrega de material nas frentes de trabalho faz toda diferença na produção. A área de logística é responsável por esse planejamento.

A uma má definição de equipamentos poderá levar à perda de produtividade, elevação dos custos e também ao descumprimento dos prazos contratados, por fim, a logística faz parte de todo tipo de empreendimento, seja na construção de uma casa ou de uma hidroelétrica e impacta diretamente no prazo e nos resultados do negocio como um todo, por esse motivo o seu planejamento, execução e monitoramento é de suma importância no seu sucesso final.

Logística de estoque:


Estoques são todos os bens materiais mantidos por uma organização para suprir demanda futura.
Os estoques nas obras devem ser controlados, por pessoas totalmente organizadas e comprometida com a logística de planejamento e produção da obra, no mínimo esse local deve possuir um software de gestão de materiais. Antigamente as obras não dava a importância para o almoxarife, que na verdade é o responsável por assegurar a acuracidade dos estoques em obras. Esse profissional, hoje ele é reconhecido como um dos principais linhas de frente no sucesso de uma produção em canteiro. Para o desenvolvimento de uma boa gestão de materiais em canteiro o almoxarife deve possuir no mínimo o 2° grau completo e um curso de logística. Em seu local físico possuir um ambiente agradável com mesa, cadeira, computador, impressoras, prateleiras, boa ventilação, iluminação adequada e um auxiliar de almoxarife.

Esse novo modelo de almoxarife deve responder não mais ao Administrativo e sim a área de produção ou departamento logístico. Esse é um dos quesitos mínimos para possuir em obras uma gestão de estoques eficiente.
A tendência nos canteiros é reduzir os estoques, que têm custo de operação elevado e principalmente no caso de materiais com alto valor agregado, como louças e metais representam capital parado. Em alguns casos é possível estabelecer parcerias com fornecedores e adotar entregas just-in-time. Para reduzir estoques, empresas de grande porte na Europa e Estados Unidos criam centros de distribuição, inspirados em práticas de outras indústrias.
Uma das etapas importante dentro da obra é ter o controle dos materiais no estoque, saber quanto de material tem, o que vai precisar e quando vai precisar. Atualmente, o controle de materiais no almoxarife também está ligado á construção enxuta e ao estoque zero, ou seja, não deixar faltar e se programar para quando precisar ter.


Logística de Armazenamento.




Armazenamento é o ato ou efeito de armazenar, guardar, juntar qualquer coisa em algum lugar de forma que seja possível resgatá-lo.
A movimentação de materiais no canteiro de obras toma grande parte do tempo do trabalho diário dos operários. Por isso, o ideal é realizar o planejamento com atenção na organização otimizada dos estoques para acabar com deslocamentos desnecessários no canteiro. Se considerarmos que a mão de obra representa metade do custo de uma obra, fica então muito óbvia a importância deste planejamento.
Para criar um estoque inteligente, em linhas gerais, itens que devem ser considerados antes do início da construção: quais materiais serão recebidos na obra; em qual quantidade serão recebidos; quando e onde serão usados; em que momento devem chegar; "É preciso tomar decisões sobre como recebê-los, onde serão armazenados, que espaços estarão disponíveis, onde serão processados e quais artifícios estarão à mão para movimentá-los e processá-los."

Dentre as principais recomendações para Armazenar materiais e insumos em canteiro estão respeitar alturas máximas de pilhas, evitar contato com umidade ou misturar materiais. Além disso, princípios gerais de logística devem ser considerados, como reduzir o transporte, planejar locais de estocagem e vias de acesso, e aplicar critérios de utilização – o primeiro que entra é o primeiro que sai (PEPS).
Programação de entrega de materiais.
O resultado do planejamento é o cronograma da obra. São os registros que expressa visualmente a programação das atividades que serão realizadas durante a construção. Ele pode ser mais ou menos detalhado, contemplando a duração de serviços específicos (por exemplo, a instalação das esquadrias de um edifício) ou apenas as fases mais gerais da obra (fundações, estrutura, alvenaria, etc.). Quando ele mostra, também, os valores que serão gastos, ao longo do tempo e em cada uma dessas atividades, ele recebe o nome de cronograma físico-financeiro.
Essa programação organizada permite que o construtor compre ou contrate materiais, mão de obra e equipamentos na hora certa. Se ele fizer isso depois do momento ideal, a obra atrasa. Se fizer antes do tempo, pode perder materiais no estoque ou pagar mão de obra e equipamentos que acabam ficando parados, sem trabalho ou simplesmente ocupando uma área desnecessária.
Hoje o mercado da Construção Civil, está cada vez mais organizado, criando parcerias muitas vezes com empreiteiros, acompanhando toda chegada de material no canteiro de obra, utilizando a agenda Logística.

Logística de operações Transporte (distribuição).


Armazenagem


movimentação

Distribuição

A logística é responsável pelos recursos, equipamentos e informações para que todas as atividades na obra sejam executadas. 
Para isso, é preciso planejar o transporte, armazenagem, processamento dos pedidos e a distribuição. 
Uma logística bem planejada representa ganhos como entregas mais rápidas, redução de estoques e custos operacionais, aumento da produtividade e no giro de mercadorias. 
Em qualquer tipo de obra é preciso fazer a relação entre mão-de-obra e o tipo de mecanização mais adequada, em obras de grande porte a mecanização tem um peso maior, mas em obras de edificações com cronograma apertado e com transporte vertical, a mecanização pode ser usada em paralelo com uma demanda maior de mão-de-obra operacional, nesse tipo de obra e preciso ter um planejamento logístico do canteiro, prever a capacidade técnica do operador e o espaço disponível para a locação ou locomoção dos equipamentos de grande porte, como por exemplo os guindastes de torre ou gruas, os elevadores a cabo ou os elevadores de cremalheira.
Com relação a distribuição  com equipamentos de menor porte, a solução básica para se ter um fluxo continuo de distribuição de materiais não é nada a mais do que planejar qual o tipo de transporte horizontal utilizar no processo de distribuição.
Exemplo tipico em obras é a descarga de blocos a granel no canteiro, isso mostra uma ineficiência no planejamento e no fechamento do contrato com o empreiteiro, muitas vezes elevando o custo da própria construtora para solucionar um problema que não lhe pertence.
No fechamento de contrato, deve salientar todos os processos desde da chegada, armazenagem e distribuição. 
O ponto mais falho hoje é na distribuição, onde acontecem vários conflitos entre empreiteiro e suprimentos, sobrecarregando a produção em tomar decisões que não foram acordadas no inicio do contrato.

Logística de suprimentos (compras)
A Logística de suprimentos trata da provisão dos recursos materiais e humanos, necessários à produção dos edifícios. Entre as atividades mais importantes da Logística de suprimentos estão, o planejamento e processamento das aquisições, as interfaces com os fornecedores, o transporte dos recursos até a obra, a manutenção dos recursos materiais previstos no planejamento.
O ponto de melhoria no fechamento de um contrato é justamente o fechamento do fluxo de todo o processo de transporte, armazenamento e distribuição.
Quando é citado distribuição no contexto não significa distribuição até as obras, significa fechar com o fornecedor a distribuição até o local de aplicação (exemplo empreiteiro de alvenaria).

Logística reversa em obras.




De maneira geral, os materiais com maior incidência de perda são os fornecidos a granel, como areia, cimento, cal, brita, argamassa. Há duas razões principais para isso. A primeira é o fato de ser a granel, o que acarreta em perdas no recebimento, estocagem e manuseio. Além disso, são insumos utilizados em processos mais artesanais, como revestimentos de argamassa, assentamento de blocos e tijolos, confecção e lançamento de concreto, entre outros. Esses materiais também dependem muito de atividades que não agregam valor e apresentam risco de perdas, como transporte, limpeza e remoção de entulho.
Comentando as perdas de material e mão de obra, me recordo de uma obra de 96 mil m2, onde trabalhava com entregas convencionais. Nessa época, gastávamos grande parte de mão de obra para descarregar e estocar materiais. E observávamos as perdas, como blocos quebrados, sacos rasgados, mau dimensionamento das áreas destinadas aos estoques. Enfim, a empresa acumulava prejuízos

incalculáveis. Para acabar com o desperdício resolvemos verificar outras obras e filmamos as entregas. Detectamos que cerca de 20% dos materiais sofriam danos.
Essa Logística de retorno dos resíduos cabe ao monitoramento da área de logística, pois o próprio departamento que gerencia sua entrada, automática gerencia a sua saída.




Conclusões:



Utilizar o método PDCA no canteiro de obra. É preciso planejar, desenvolver, controlar e só então, agir corretivamente. Quando há integração, os resultados melhoram. Não há como deixar a logística de forma isolada. Todas as áreas da empresa devem estar integradas, do planejamento à produção. Quando essa integração aumenta, há um maior entendimento do que e como fazer. As soluções aparecem e os problemas diminuem. O profissional de planejamento precisa sujar de lama um pouco o seu sapato e o profissional do canteiro precisa calçar um sapato limpo para ir ao escritório de vez em quando. Não há fórmula mágica, apenas trabalho. Além disso, não se pode olhar a obra apenas de forma macro. É preciso pensar em cada detalhe, cada setor, cada andar, olhar a micro logística.

Alexandre da Silva
Construelog - Planejando na frente.