Hoje, com o aumento da competitividade, a preocupação com o
gerenciamento de materiais, virou tema principal sendo responsável pela ineficiência,
desperdícios e improvisação no ambiente produtivo, passou a merecer ou a exigir
um destaque bem maior, sendo tema em algumas palestras e reuniões
em obras.
O tema é bem visível no dia a dia de uma obra, estamos falando do Almoxarife.
O tema é bem visível no dia a dia de uma obra, estamos falando do Almoxarife.
Este profissional, geralmente na maioria das empresas, é responsável por
administrar boa parte do investimento financeiro, já se falando em investimentos
financeiros ou seja 35% a
40% só materiais.
Quando se pensa em almoxarifado, imagina-se um local grande e
cheio de objetos, com gente treinada e capacitada executando tarefas integradas
e seguras. Mas, nem sempre essa é a realidade. Muitas vezes, o almoxarifado transforma-se num local, onde as coisas e as pessoas se
perdem, sem sequer dar conta do mal que estão fazendo a si e à organização.
Lopes, Souza e Moraes (2006) destacam
que o almoxarifado é o local responsável pelo recebimento, armazenagem,
expedição e distribuição dos materiais. Pode ser um local coberto ou não, com
condições climáticas controláveis ou não, com alto nível de segurança ou não,
tudo dependendo do tipo de material a ser acondicionado e das normas
necessárias para o correto acondicionamento, localização e movimentação.
A função maior do almoxarife é manter uma empresa sempre
abastecida de seus bens de consumo, ou seja, fornecer de forma contínua e sem
interrupção materiais e matérias-primas para as diversas unidades produtivas e
administrativas da empresa.
Um dos principais problemas encontrados em todas as obras, é
justamente a falta de organização, a falta de registros, a falta de segurança
dos materiais, é como principais problemas a mão de obra desqualificada, e a má
orientação para com esses profissionais.
Hoje em uma pesquisa realizada por uma faculdade de São Paulo
constatou que entre 10 almoxarifes 2% possuem o ensino
médio completo, e executa suas atividades diárias utilizando a
informática. ou seja 8% não tem 2° grau e está nessa profissão justamente
por não ser dar bem na profissão de ajudantes ou outras áreas dentro da
construção civil.
Quando o planejamento é deixado de lado, é comum encontrar canteiros que deixam a desejar com relação à organização e segurança. Além de colocar os trabalhadores e os materiais em risco, isso compromete a produtividade. Em sequencia apresento um dos modelos mas antigo e principal de organograma de obra. Deixo em destaque o ponto crítico onde devemos refletir.
Pontos de melhoria.
Segue um modelo de organograma como principal mudança nas obras, e quando falamos em gestão de materiais, deixar essa responsabilidade para o departamento logístico que vai direcionar o melhor caminho para os profissionais ligado a área de almoxarifado. A cada dia percebo algumas construtoras mudando seus processos para reduzir custos e aumentar produtividade, esse seria apenas parte de mais um item rumo a industrialização dos processos na Construção Civil, alem de reduzir a rotatividade desses profissionais em obra.
Local físico.
Como não existem regras muito bem-definidas para projetar cada parte do canteiro, geralmente o layout (desenho) é definido com base na experiência do gerente da obra e adaptando o que já foi feito em outros locais.
Para dimensionar corretamente o almoxarifado é preciso considerar o porte da obra e o nível de estoques, o que determina o volume de materiais e equipamentos que será guardado. No caso de tubos de PVC, por exemplo, é necessário que ao menos uma das dimensões da instalação tenha, no mínimo, 6 m de comprimento.
Nesse exato momento entra em cena mais um personagem, o operador logístico de canteiro, que será tema da próxima matéria.
Para um almoxarifado funcionar de forma confiável é necessário que exista acuracidade
que é um adjetivo, sinônimo de qualidade e confiabilidade da informação,
“acurado” significa feito ou tratado com muito cuidado, para a logística o
mesmo possui o seguinte significado; “Grau de ausência de erro ou grau de
conformidade com o padrão” .
Manter
corretas as informações sobre saldos em estoque é um dos grandes desafios mais
ainda quando buscamos trabalhar com níveis enxutos e com elevadas frequências
de acessos, isto é , mais e mais recebimentos e apanhes, isto aumenta o risco
da imprecisão nos registros das respectivas transações.
A correta
gestão de um almoxarifado implica na aplicação de métodos modernos de gestão de
estoques no almoxarifado que podem auxiliar a empresa, permitindo redução de
custos e melhor realização dos serviços prestados. Desta forma é importante
analisar e repensar qual a melhor forma de gerir seu almoxarifado, além de ter
sempre o controle de todos os processos utilizando da TI.
Alexandre da Silva
Construelog - Planejando na frente.